Oposição petista de volta a UBES

Por Adriele Manjabosco e Patrick Araújo
 
De 28 a 30 de novembro, nas cidades de Contagem e Belo Horizonte, em Minas Gerais, ocorreu o 40º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Com cerca de quatro mil participantes, entre delegados e observadores. Mesmo sendo um dos maiores realizados ao longo dos últimos anos, o congresso esteve muito aquém das expectativas. Afinal, após a extinção das etapas estaduais, o chamado funil, no último Conselho Nacional de Entidades Gerais e o anuncio de mais de 12 mil estudantes inscritos, a realidade demonstrou que o potencial real de mobilização da entidade está extremamente rebaixado.

Apesar da programação definida e divulgada para três dias, a direção da entidade a modificou no primeiro dia, reduzindo todo o espaço para apenas dois dias e alterando o conteúdo. As modificações e a realização dos debates apenas em um dia foram extremamente prejudiciais. Os estudantes que viajaram dias para chegar até o congresso foram violentamente desrespeitados pela atitude da direção, que demonstrou sua total falta de compromisso com o debate de ideias e com o exercício democrático.

Nota do PT


O Partido dos Trabalhadores manifesta preocupação com a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral de Honduras de suspender o processo de apuração dos votos das eleições nacionais realizada ontem no país. Tal suspensão deixa de incorporar cerca de 20% das urnas, sob a alegação de inconsistência nas atas, o que representa cerca de 400 mil votos.

Neste sentido, também expressamos preocupação com o fato do candidato governista proclamar-se eleito antes da conclusão do processo de apuração e com o reconhecimento desta eleição por parte de alguns países do continente com base em resultados parciais.

A MENTIRA TEM PERNAS CURTAS

O professor Railton Bezerra, Diretor Eleito do Hospital Universitário Oswaldo Cruz da UPE e afastado da função de forma arbitrária, relata os reais motivos referentes as dificuldades enfrentadas pelo HUOC. 

Com menos de dois meses do meu novo afastamento da direção do HUOC, a verdade sobre as reais dificuldades do Hospital surgiu claramente,agora sem as versões da SECTEC com a total submissão da Reitoria que propalavam abertamente ser incompetência administrativa da nossa direção a situação caótica em que o mesmo se encontra,esquecidas as outras vezes já vividas por ele anteriormente sob as mais variadas gestões.

Conheça os candidatos e as chapas da Articulação de Esquerda de Pernambuco

No dia 10 de novembro, a militância do PT elegerá suas novas direções. Mais do que uma eleição interna, o PED deve ser encarado como uma oportunidade para o PT retomar sua estratégia democrática, popular e socialista para o Brasil. E é por isso que lançamos a chapa A esperança é vermelha e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional do PT.



O PT precisa de uma mudança de verdade.



Precisamos de autonomia financeira, para não depender de recursos do fundo partidário e doações do empresariado. 

Precisamos de uma estrutura de comunicação de massas, com web, TV, rádio e imprensa, inclusive um jornal diário. Precisamos investir na formação política de toda a nossa militância. 

Precisamos reforçar nossos vínculos com a juventude, com a classe trabalhadora, com os movimentos sociais, com as mulheres, os negros, os indígenas, o movimento ambientalista e LGBT. 

Precisamos de direções partidárias capazes de defender as posições do PT, nas ruas e nas urnas, nos parlamentos e nos governos. E entendam que o PT está acima de qualquer liderança, nem mesmo o Lula e a Dilma, podem se sobrepor às decisões democraticamente adotadas pela base do Partido. 

Precisamos de direções que lembrem sempre que partido é partido, governo é governo. 


O PT precisa de uma nova estratégia, capaz de responder aos desafios de um Brasil que clama por reformas estruturais, de uma América Latina que precisa de integração regional, de um mundo em crise cuja saída está no socialismo. 

Uma estratégia que dê ênfase à governabilidade social, que compreenda que vivemos num momento de fortes conflitos com o grande capital e com as direitas brasileiras, e que para isso precisamos de força e de aliados de verdade, não de aliados que se comportam e votam como inimigos. 

Uma nova estratégia, não para que o PT seja o partido do grande passado pela frente, não apenas o partido dos êxitos do presente, mas o Partido do futuro, sintonizado com as aspirações e com as necessidades de um Brasil que algum dia será socialista.



COMPROMISSO COM OS/AS PETISTAS E PERNAMBUCANOS (AS)



No PT em Pernambuco se expressam as contradições da conjuntura política local e nacional provocadas pelos movimentos do governador nos últimos anos. 

Os pesados investimentos federais no estado recolocaram Pernambuco entre os mais desenvolvidos da região nordeste e do país, melhoraram a vida de muita gente e este novo patamar econômico político e social projetou o governador na cena política nacional. 

O que poderia ser a consolidação de uma aliança com o PT e o fortalecimento de um polo de centro esquerda no interior da ampla coalizão que sustenta o governo Dilma, caminhou em sentido contrário a partir da opção de Eduardo Campos de utilizar a força que acumulou para preparar uma candidatura de oposição a Dilma e ao PT. 

Esta opção foi sinalizada desde 2012, quando disputou com o PT diversas eleições municipais e cooptou setores do PT para apoiar seus candidatos, contra o PT. 

Desde então vem se conformando dois campos divergentes no PT pernambucano, e a Articulação de Esquerda compõe o campo que assina o manifesto COMPROMISSO COM OS/AS PETISTAS E PERNAMBUCANOS (AS) e lançou BRUNO RIBEIRO para presidente estadual do partido. 

Defendemos que o PT assuma um papel protagonista, aglutine partidos, movimentos sociais e entidades da sociedade, para organizar um fórum de debates sobre os rumos do estado e a construção de uma alternativa de governo e a constituição de um forte bloco de apoio à reeleição de Dilma. 

Por um partido que se construa valorizando sua militância, que tenha instâncias funcionando do sertão ao cais, e assuma seu lado nas lutas da classe trabalhadora!


O QUE DIVIDE O PT EM PERNAMBUCO


O PT em Pernambuco atravessa uma quadra difícil da sua história. Desde antes das eleições de 2012 e até hoje que as diversas tendências internas se movimentam a partir da posição política que adotam quando o assunto é relação com o governador Eduardo Campos.
Na disputa da prefeitura é inegável que diversos grupos do PT fizeram a campanha do PSB e contribuíram para a derrota do PT. Meses após a eleição trabalharam para que o PT sofresse sua segunda derrota política, que foi compor o governo do PSB em troca de uma secretaria de segunda importância. Outros se engajaram na campanha do partido, e pagaram o preço da opção durante a campanha e depois, a exemplo da AE que defendeu a não participação e não aceitou discutir a “divisão dos cargos” na dita secretaria oferecida ao PT.

OS PEÕES DE EDUARDO CAMPOS NO TABULEIRO PETISTA.


Escrito por Divonaldo Barbosa e Múcio Magalhães.

Desde as eleições municipais de 2012 observamos as investidas do PSB na tentativa de destruir o referencial construído pelo PT de Pernambuco a partir das duas primeiras gestões na prefeitura do Recife. Ações violentas e desonestas pautaram todo o debate das eleições passadas. Petistas fieis ao governo estadual comandado pelos pessebistas foram responsáveis por desestabilizar as nossas candidaturas em várias cidades do estado, o que nos levou a ser derrotados em algumas delas, inclusive Recife, onde a máquina municipal operou a favor do candidato do PSB e se tornou crime punível com demissão, defender a campanha do Partido dos Trabalhadores.

Conheça um pouco da trajetória de Valter Pomar


Valter Pomar, iniciou sua militância política no final dos anos 1970, lutando contra a ditadura militar e aprendendo com a tradição marxista, socialista e revolucionária, a que segue ligado até hoje.

Filiado ao Partido dos Trabalhadores - PT desde os anos 1980, militou em núcleos de base, foi dirigente municipal e estadual, desempenhando tarefas organizativas, de formação e comunicação. De 1997 até 2005, foi terceiro vice-presidente nacional do PT. Foi secretário de Cultura na cidade de Campinas (SP) de dezembro de 2001 a dezembro de 2004.

Entre 2005 e 2009, Valter Pomar esteve à frente da Secretaria de Relações Internacionais do PT e desde então até os dias de hoje ocupa o cargo de Secretário Executivo do Foro de São Paulo, desempenhando, nestas funções, importante trabalho de interlocução política do PT com as forças de esquerda no mundo todo e em especial, na América Latina.

Na unidade, a novidade!


Por Múcio Magalhães

No último dia 23 de setembro de 2013, aconteceu o lançamento da candidatura do companheiro Bruno Ribeiro a presidente do PT de Pernambuco e das chapas para o diretório regional, diretório municipal e diretórios zonais de Recife, compostas por grupos que se alinham politicamente e assinam o manifesto "Compromisso com os petistas e os pernambucanos". 

Nota de Valter Pomar sobre a “compra de votos”


ped2013arte2O Globo divulgou, na sua edição de 5 de setembro, matéria de capa intitulada “Compra de votos abre crise no PT”.

Como é habitual nos textos da grande imprensa sobre o PT, a matéria do Globo comete várias incorreções, motivo pelo qual considero necessário esclarecer o seguinte:
1.O regulamento do PED e o estatuto do Partido estabelecem duas alternativas: o pagamento individual da contribuição financeira e o pagamento coletivo (novidade introduzida pelo IV Congresso do PT).

Yuri Franco: Direita quer diluir reivindicações para não pagar a conta

As pautas justas dos atos e como resistir à tentativa de desvirtuá-las
por Yuri Soares Franco*

Nos últimos dias o Brasil tem sido sacudido por manifestações em diversas cidades. Como centelha inicial está a questão do transporte público, causadas pelo aumento da tarifa do transporte coletivo em várias cidades. Esta é uma reivindicação justíssima, e inclusive a revogação dos aumentos é apenas uma pauta imediata. Há uma discussão antiga e profunda sobre a questão do financiamento do transporte coletivo, que hoje serve basicamente como ferramenta de lucro de alguns empresários.

NOTA DO PT SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO

NOTA DO PT SOBRE O TRANSPORTE PÚBLICO
 
As manifestações realizadas em todo o País comprovam os avanços democráticos conquistados pela população. São manifestações legítimas e as reivindicações e os métodos para expressá-las integram o sistema democrático. É papel dos partidos, do Congresso e dos Governos em todos os níveis dialogar com estas aspirações. 

As transformações promovidas no Brasil nos últimos 10 anos, pelos Governos Lula e Dilma - com a ascensão social de 40 milhões de pessoas, a redução das desigualdades sociais, a geração de mais de 20 milhões de empregados com carteira assinada, o ingresso de milhões de jovens nas universidades, a ampliação de oportunidades para todos, enfim o surgimento de um novo País - colocam na ordem do dia uma nova agenda. Avançamos e podemos avançar ainda mais. 

Durante entrevista a blogueiros, integrantes do MPL celebram a vitória, falam em infiltrados e expõem próximos passos

Momento em que o governador paulista Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciavam a redução das tarifas em São Paulo. Em seguida, o mesmo anúncio foi feito no Rio (foto LCA).
por Luiz Carlos Azenha

Manifesto: A Esperança é Vermelha

Manifesto A Esperança é Vermelha - A Articulação de Esquerda na disputa do PED 2013 (VERSÃO EM PDF)


A Articulação de Esquerda na disputa do PED 2013



Este manifesto, que atende à convocatória do PED 2013 e do V Congresso do PT, é também um chamamento àqueles que entendem a urgência da hora, sabem da importância de combater o bom combate e estão convencidos de que muito precisa ser mudado no PT para que o PT siga mudando o Brasil.

1º DE MAIO É DIA DE LUTA! Greves, mortes, suor e sangue para conquistar redução da jornada de 14 para 8 horas diárias


*Expedito Solaney


A data foi estabelecida há 124 anos pela Segunda Internacional Socialista, em congresso realizado em Paris e que reuniu os principais partidos socialistas e sindicatos de toda Europa e do mundo. Ao escolher o dia 1º de Maio como Dia do Trabalhador e da Trabalhadora os participantes prestaram homenagem aos operários dos Estados Unidos que três anos antes, organizaram uma grande jornada de luta por melhores condições de vida e de trabalho. Foram mais de 1, 5 mil greves em todo país. As greves de 1886 tinha como centro da pauta a redução da jornada de 14 para 8 horas diárias. Depois de dois dias de manifestações seis operários foram mortos. Com a continuidade da greve, a repressão aumentou e dezenas de trabalhadores foram mortos, milhares presos e sindicatos incendiados. Essa jornada de lutas resultou além das dezenas de trabalhadores mortos, em oito dirigentes sindicais condenados, cinco deles a forca, dois a prisão perpétua e um a 15 anos de prisão.


A homenagem feita pela Segunda Internacional Socialista a estes trabalhadores, foi à convocação da classe trabalhadora do mundo para uma greve geral no 1º de maio em 1890, o que se tornou uma tradição no movimento operário internacional de luta desde então. Os significados e as grandes manifestações a cada ano conferiu grandes avanços para classe trabalhadora do mundo e o estabelecimento no calendário cristão como feriado mundial.



Hoje os trabalhadores e as trabalhadoras pelo mundo continuam relembrando e celebrando esta data como muitas manifestações e greves. Com o agravamento da crise capitalista iniciada em 2008, principalmente na Europa, sem dúvidas o 1º de Maio de 2013 vai ter muita luta no velho continente. As grandes manifestações da primeira quinzena de abril na Espanha já são um indício de que as greves e as mobilizações deste ano serão fortes.

A Comuna de Paris

Significativa e relevante experiência social e política da luta dos trabalhadores e dos movimentos sociais populares pela construção do socialismo,  A COMUNA DE PARIS DE 1871 foi e continua sendo um objeto permanente de reflexão e inesgotáveis ensinamentos para todos que buscam a radical transformação do Estado e sociedade capitalistas. Por ocasião dos 142 anos de sua comemoração, os socialistas revolucionários de todas latitudes continuam afirmando que os valores, ideais e objetivos desta autêntica “fulguração na história” não deixam de ser atuais enquanto persistirem em todo o mundo as estruturas iníquas e opressivas da ordem capitalista e imperalista. Nas definitivas palavras de Lênin, “a causa da Comuna é a causa da revolução social, é a causa da completa emancipação política e econômica dos trabalhadores, é a causa do proletariado mundial. E neste sentido é imortal”.
Associando-se a todos que homenageiam a heróica luta de mulheres, homens e crianças que deram suas vidas na defesa da humanidade, marxismo21 nesta página divulga, predominantemente, trabalhos (artigos, vídeos de aulas e palestras, filmes etc.) sobre aComuna de Paris publicados no país. Igualmente textos de clássicos do pensamento marxista são aqui divulgados.

Venezuela: Consolidar direção coletiva e superar dependência do petróleo são desafios para Maduro

Valter Pomar, secretário executivo do Foro de São Paulo está na Venezuela e analisa a vitória de Maduro e os desafios políticos do novo governo.
O candidato socialista Nicolas Maduro, atual presidente interino, venceu as eleições presidenciais na Venezuela neste domingo (14), com 50,66% dos votos.

O dirigente nacional do PT e secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, que acompanha de perto a situação política na Venezuela, em conversa com o Portal do PT, fez uma análise da vitória dos chavistas e dos desafios que Maduro irá enfrentar à frente do governo, além de abordar a contra-ofensiva organizada pela direita que tem como alvo os governos progressistas no continente sul-americano.
Confira a entrevista com Pomar:

Como analisa o resultado das eleições na Venezuela, que deu a vitória a Nicolás Maduro por uma margem apertada de votos?

O primeiro a dizer é: ganhamos. A oposição está no seu direito de protestar e pedir recontagem. E Nicolas Maduro tem o direito de governar a Venezuela pelos próximos anos, mantendo o rumo e fazendo as correções necessárias.
O segundo a dizer é: ganhamos, mas eles chegaram muito perto. Cabe analisar os motivos e adotar as medidas necessárias para recuperar os eleitores que não votaram em nós e/ou votaram neles.

As ações da mídia interna e externa para desgatar o modelo chavista influenciaram no resultado da eleição?

Certamente que sim. Mas não devemos, nunca, nem no Brasil nem em nenhuma parte, “culpar” a oposição (midiática, econômica, política, nacional ou gringa) por cumprir o papel que é seu: tentar nos derrotar.
Devemos refletir sobre nossas atitudes, insuficiências e erros. O governo bolivariano buscará fazer isto, estou certo.
E o tema central, penso eu, é que esta eleição encerra uma etapa do processo aberto em 1998. Cabe ao Grande Pólo Patriótico e ao governo Maduro inaugurar a nova etapa.

Com o crescimento do eleitorado da oposição durante a campanha, quais os maiores desafios de Maduro e da revolução bolivariana?

Consolidar uma direção coletiva, reconquistar setores descontentes e superar a dependência frente à chamada renda petróleo. A Venezuela, como outros países ricos em petróleo, é excessivamente dependente das receitas oriundas da exportação desta matéria-prima. Ademais, esta riqueza sozinha não é suficiente para manter e aprofundar as conquistas sociais obtidas pelo processo bolivariano.

O que ocorreu na eleição venezuelana serve de alerta para os demais governos e partidos de esquerda e progressistas do continente, inclusive o Brasil?

Alertas já estávamos. A vitória apertada, a meu ver, confirma que está em curso uma contra-ofensiva da direita e, por outro lado, demonstra que está se encerrando uma primeira etapa do ciclo de governos progressistas e de esquerda iniciado em 1998. Para seguir adiante será preciso mais integração, unidade, eficiência e inteligência estratégica.

(Geraldo Ferreira - Portal do PT)

RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO ESTADUAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES - PERNAMBUCO



O Partido dos Trabalhadores - PE pelo seu Diretório Estadual delibera a seguinte resolução política:

Nos últimos dez anos o PT comandou uma ampla frente partidária que, através dos governos Lula e Dilma vem revolucionando a democracia brasileira e promovendo amplas conquistas econômicas e sociais. Podemos constatar essas mudanças no Recife, em Pernambuco e no Brasil.

Em momentos como o que atravessamos hoje no Semi-Árido nordestino, atingido duramente pelo terceiro ano de seca, esses avanços ganham relevância. Programas sociais como o bolsa-família, seguro-safra e o bolsa-estiagem, bem como investimentos em infraestrutura hídrica - como a Transposição do Rio São Francisco - permitem maior resistência à população e apontam para um novo modelo de convivência com a seca.

A realidade pernambucana deixa claro o caráter inovador e pioneiro dos governos do PT em relação ao Brasil e a Pernambuco e a condição privilegiada que o nome de Dilma tem e que o PT reúne para continuar conduzindo nacionalmente este projeto, inclusive em seus avanços.

A consolidação da democracia nacional e essas grandes transformações sociais e econômicas ocorridas em Pernambuco e no Brasil, decorrentes dos governos Lula e Dilma, foram viabilizadas por uma ampla aliança partidária, de caráter progressista, que precisa ser preservada porque atende aos interesses do povo pernambucano e brasileiro, que se colocam como projeto de construção coletiva, no qual o PT tem papel central e estratégico.

Neste contexto deve ser elaborada pela Comissão Executiva Estadual uma programação de eventos, caravanas, debates e outros. Fóruns de gestores, de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais serão estruturados como espaços permanentes de discussão em todo o território estadual. Realizaremos discussões sistemáticas nesses espaços e com os movimentos sociais, principalmente através das secretarias temáticas e setoriais.

Por sua vez, a discussão das relações internas do PT de Pernambuco, por sua complexidade, requer profunda reflexão e longos debates. O partido continuará aberto à discussão e mantendo espaço para a critíca e a autocrítica no cotidiano partidário, nas nossas instâncias, em debate exclusivamente interno.

Estas questões serão equacionadas num processo contínuo. Neste sentido, o debate que ora tem inicio, terá continuidade através das instâncias partidárias, inclusive na próxima reunião do Diretório Estadual que será realizada após a reunião do Diretório Nacional.

O PT entende que este processo requer o aprimoramento do diálogo com as forças políticas que compõem o partido em Pernambuco.

O desafio de voltar a ter uma esquerda socialista de massas - Entrevista com Valter Pomar

Graziela Wolfart do IHU On-Line
“O governismo ainda é dominante no PT. Muita gente no Partido ainda não aprendeu a diferenciar o ser governo do ser governista. É óbvio que o PT deve defender, sustentar, apoiar seus governos. Mas o papel do PT vai além disso. Os governos de coalizão, como foram os governos Lula e como é o governo Dilma, são governos em disputa. Cabe ao PT disputar seus governos, o que supõe perceber as diferenças entre governo e partido, evitando o governismo que confunde um e outro. E cabe ao PT disputar a sociedade, para acumular forças em favor de seu projeto programático, estratégico, histórico. Se não fizermos isso, vamos acabar transformando o programa mínimo de um governo de coalizão, no programa máximo do partido. Infelizmente, amplos setores do PT cometem este erro, consciente ou inconscientemente”. A análise é de Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line. Segundo ele, é preciso derrotar o discurso segundo o qual nosso objetivo é ser um “país de classe média”, “assim como esta besteira sociológica e política segundo a qual nos dez anos de governo petista milhões ‘ascenderam para a classe média’. Os que melhoraram de vida, desde 2003, são na esmagadora maioria classe trabalhadora. E devem ser vistos assim, chamados por este nome e convocados a se organizar, pensar e agir como tal”.

EDUARDO CAMPOS: ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA, UM ABISMO!

Por Divonaldo Barbosa

O governador de Pernambuco tem investido em um discurso de inovação na gestão pública, e tem protagonizado as inserções do seu partido, PSB, na televisão. Campos, que tem se colocado dubiamente como aliado e candidato a sucessão da Presidenta Dilma, tem criado um abismo cada vez maior entre o que diz e o que faz.  O governador faz duas abordagens em seus discursos que são profundamente contraditórias quando analisadas a partir do seu governo.

Primeiro ele fala da educação, e tenta vender uma ideia de que temos em Pernambuco as melhores escolas do país, aliás, denomina de escola de referência, só não explica que as referências não são nada boas. Eduardo acabou com a democracia interna das escolas, que já não elegem mais os seus gestores, bem como não permitem, na maioria dos casos, a livre organização estudantil. 

O mesmo Eduardo do discurso fácil e da retórica empolgante liderou o movimento dos governadores que não queriam pagar o piso salarial aos professores, e Pernambuco carrega a triste marca de pagar ainda um dos piores salários à categoria da educação. O que o Candidato opositor faz, é camuflar os péssimos salários com gratificações e bonificações que causam uma grande ilusão, pois não são incorporadas à carreira.

O outro tema que o governador pernambucano tem exposto é a desoneração dos impostos referentes às passagens de ônibus. Mas, o que ele também não diz é que o seu governo tem sido aliado incondicional dos empresários do setor de transportes, que monopolizam as concessões públicas para a exploração dos serviços. O que ele quer, é gerar uma confusão na cabeça das pessoas, passando a imagem de um gestor moderno e comprometido com o povo.

Essa imagem cai por terra quando os fatos são apurados. O governador é o responsável direto pela gestão do transporte coletivo da região metropolitana do Recife, através do Consórcio Grande Recife, e sistematicamente tem aumentado a passagem sem prévio aviso, atendendo exclusivamente aos empresários, oferecendo um dos piores serviços associado as mais altas tarifas. Se não bastasse, o transporte interurbano é concentrado nas mãos de dois grupos, sendo um deles, o do vice-governador do estado.

Eduardo já privatizou a saúde, sucateou a UPE (Universidade de Pernambuco) que funciona precariamente, desmontou a gestão participativa na educação, terceirizou a maior parte do serviço público, maltrata o servidor e, faz gestão voltada apenas para o setor empresarial. Campos, que até pouco tempo estava com a sua carreira ameaçada por conta do escândalo dos precatórios durante o governo do seu avô, Miguel Arraes, agora faz pose como a grande renovação da política brasileira, porém, as suas práticas são tão velhas quanto o tempo dos coronéis, e quem ousar atravessar no seu caminho, inevitavelmente provará do seu cinturão.

O ex-presidente Lula que se cuide, pois Eduardo já mostrou que pra garantir os seus objetivos não poupa ninguém, nem mesmo aquele que lhe tem como filho.

*Divonaldo Barbosa é estudante da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

8 de março: dia de luta e resistência


Por Raquel Esteves*


Temos mais um 8 de março. Nossa luta por direitos é cotidiana, mas este dia, é um marco de resistência das mulheres. A data está para as feministas como o 1º de Maio está para a classe trabalhadora. Ainda é comum a prática em muitos lugares no 8 de Março de distribuição de flores e discursos que reforçam a imagem da mulher como mãe, esposa, frágil, entre outros adjetivos. Na contramão deste pensamento, os Movimentos de Mulheres realizam atos e vão às ruas dizer que querem mais que flores: querem respeito, igualdade, garantia de direitos, autonomia sobre seus corpos e vidas e um estado laico que não permita que as mulheres sejam reféns do fundamentalismo religioso.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma em seu texto a igualdade de direitos entre homens e mulheres, porém, desde sua criação, passaram-se anos sem se avaliar as violações aos Direitos Humanos das Mulheres.

Em 2012 pela primeira vez o Banco Mundial teve como foco em seu relatório anual, a igualdade de gênero e desenvolvimento. Nele, constou, o que nós mulheres já sabemos e sentimos: a desigualdade de gênero ainda é estruturante nas relações entre homens e mulheres nas sociedades.

Nota do PT


O Partido dos Trabalhadores lamenta profundamente o falecimento de Hugo Chávez, presidente da República Bolivariana da Venezuela, destacado protagonista da integração de Nossa América e uma liderança mundial das forças populares.

Em 2012, Lula disse a Chavez: "tua luta é nossa luta, tua vitória será nossa vitória".

Hoje, neste momento de tristeza e dor, abraçamos os familiares, amigos, colegas de farda e camaradas de crença de Chavez, e dizemos: contem conosco, contem com o Partido dos Trabalhadores, para dar prosseguimento às grandes conquistas políticas e sociais iniciadas pelo governo de Hugo Chávez.

Saudações petistas a este herói da América Latina e Caribenha


Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores
Iriny Lopes, secretária de relações internacionais do PT
Marco Aurélio Garcia, do diretório nacional do PT
Valter Pomar, do diretório nacional do PT

Regulação da mídia é urgente e inadiável

A Articulação de Esquerda, através dos seus membros do Diretório Nacional do PT,  apresenta uma contribuição ao debate sobre a regulação da mídia.  A AE espera que seja aprovada a proposta de resolução que aponta para uma imediata ação acerca da necessidade de reforma do marco regulatório das comunicações.

Leia na íntegra a proposta de resolução apresentada ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, que estará reunido nestes dias 1 e 2 de março, em Fortaleza.


PROJETO DE RESOLUÇÃO:

Regulação da mídia é urgente e inadiável

O Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza nos dias 1 e 2/3/2013, levando em consideração:

1. A decisão do governo federal de adiar indefinidamente a implantação de um novo marco regulatório das comunicações, anunciada em 20 de fevereiro pelo Ministério das Comunicações ;

2. A isenção fiscal, no montante de R$ 60 bilhões, concedida às empresas de telecomunicações, no contexto do novo Plano Nacional de Banda Larga;

3. A necessidade de que as deliberações democraticamente aprovadas pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), convocada e organizada pelo governo federal e realizada em Brasília em 2009 — em especial aquelas que determinam a imediata reforma do marco regulatório das comunicações, maior controle sobre as concessões de rádio e TV,adequação da produção e difusão de conteúdos às normas da Constituição Federal, e anistia às rádios comunitárias — sejam urgentemente postas em prática pela União;

4. O fato notório de que a Argentina aprovou sua Ley de Medios e em países como Equador e Venezuela registram-se grandes avanços na regulação e democratização das mídias; 

5. Por fim, mas não menos importante, que o oligopólio que controla o sistema de mídia no Brasil é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso país e à emancipação da classe trabalhadora, RESOLVE: 

I. Exortar o governo Dilma a rever, imediatamente, a atitude do Ministério das Comunicações, dando início à reforma do marco regulatório das comunicações, nos moldes determinados pela Confecom; bem como a abrir diálogo com os movimentos sociais e grupos da sociedade civil que lutam para democratizar as mídias no país;

II. No mesmo sentido, exortar o governo a cortar ou reduzir substancialmente o pacote de isenções concedido às empresas de telecomunicações, lembrando que esses recursos farão falta em áreas mais sensíveis, como saúde e educação; a reiniciar o processo de recuperação da Telebrás; e a manter a neutralidade da Internet (igualdade de acesso, ameaçada por grandes interesses comerciais); 


III. Apoiar a iniciativa de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações, proposto pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), conclamando a militância do Partido dos Trabalhadores a se juntar decididamente a essa campanha; 

IV. Convocar a Conferência Nacional Extraordinária de Comunicação do PT, a ser realizada ainda em 2013, com o tema “Regular a Mídia para Democratizar o Brasil”.

Jornal Página 13 – Encarte Especial: Também nos anos ímpares

Leia a entrevista completa baixando
 o arquivo em PDF. É só clicar  no encarte
ou
O jornal Página 13 entrevistou Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT e Secretário Executivo do Foro de São Paulo. O dirigente petista faz uma análise da trajetória do partido que completou 33 anos no dia 10 de fevereiro. Fala sobre os dez anos do partido frente ao Governo Federal; e a necessidade de que o Processo de Eleições Diretas, que será realizado este ano, seja capaz de formular uma nova estratégia para o PT enfrentar a atual situação política, nacional e regional e mundial. A entrevista foi realizada em duas partes, a primeira antes e a segunda depois do Carnaval de 2013.



                                                   
Leia on line: Pagina 13 Edição Especial: entrevista com Valter Pomar

Editorial do Página 13 de fevereiro de 2013, Dedicado aos 33 anos do PT


Esta edição de Página 13 é dedicada ao aniversariante Partido dos Trabalhadores, que no dia 10 de fevereiro comemora seus 33 anos. Idade na qual a direita pretende nos crucificar.

É fundamental defender o PT. Mas é preciso deixar claro o que significa, para nós, defender o PT.
Defender o PT é manter nossos compromissos com a classe trabalhadora, com o socialismo, com as reformas estruturais, com um desenvolvimento democrático e popular, na luta contra o neoliberalismo e o capitalismo.
Defender o PT é atualizar nossa estratégia política, para a nova situação política aberta após 10 anos de governo federal encabeçado pelo PT, num contexto de crise internacional do capitalismo e de progresso da integração regional.

Direção Estadual realizará reunião de planejamento


A Direção Estadual da Articulação de Esquerda de Pernambuco realizará no dia 28 de janeiro, às 18 horas, no Sindicato dos Trabalhadores das Telecomunicações – SINTTEL, em Recife, uma reunião de planejamento, onde será definido um calendário de atividades para o próximo trimestre.  

Além da organização da corrente, estarão em pauta outros temas referentes ao PT e a comemoração dos 20 anos da AE. 

SINTEST demonstra força em Serra Talhada e realiza uma grande assembleia


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada – SINTEST, reuniu no último dia 24 de janeiro, no plenário da Câmara de Vereadores, os aposentados da categoria para discutir e tirar um encaminhamento referente ao salário atrasado deixado pela gestão anterior.

Sem ter recebido o salário do mês de dezembro, os aposentados e pensionistas do município procuraram o sindicato para ajudar no diálogo com o governo municipal, no intuito de solucionar as pendências existentes.

Com uma grande mobilização, o SINTEST realizou a assembleia com a presença de mais de duzentas pessoas, cerca de oitenta por cento dos inativos da categoria, que definiram um calendário de diálogo com a prefeitura, deixando aprovado que se não houver sinalização por parte do governo municipal, a categoria será convocada para iniciar um processo de manifestações e sensibilização da sociedade de Serra Talhada, para que o movimento saia vitorioso.

Debate com Valter Pomar foi um Grande Sucesso



O debate organizado no último dia 22/01 pela Direção Estadual da Articulação de Esquerda de Pernambuco, com o secretário executivo do Foro de São Paulo e Dirigente Nacional do PT, Valter Pomar, contou com um grande número de militantes que lotaram o auditório do Sindicato dos Trabalhadores das  Telecomunicações em Recife.

Pomar, fez uma análise dos avanços e limites dos governos democráticos da América Latina, que perpassam pela atual conjuntura política mundial, dado o processo de crise do capitalismo e todos os desdobramentos demandados a partir desse contexto.

Valter interagiu com a militância, respondendo questionamentos referentes ao tema abordado e, entusiasmou os presentes que ficaram bastante satisfeitos com o momento de formação política proporcionado pela atividade.

No ano em que  se comemora 33 anos de fundação do PT e 20 anos da Articulação de Esquerda, o debate também contemplou os temas relacionados com a organização partidária e os próximos desafios a serem enfrentados pelo governo Dilma e pelo Partido dos Trabalhadores.

Ao longo do ano, deverá acorrer outras atividades semelhantes que aprofundarão outras temáticas, e farão parte do calendário comemorativo dos 20 anos da Articulação de Esquerda.

Valter Pomar participará de debate em Recife

O secretário executivo do Foro de São Paulo e Dirigente Nacional do PT, Valter Pomar, virá ao Recife no mês de janeiro para uma série de atividades. Valter participará do Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE, representando a executiva do partido. Na ocasião, Pomar participará também de um debate organizado pela Direção Estadual da Articulação de Esquerda de Pernambuco, aberto para toda a militância do Partido dos Trabalhadores. O debate terá como tema: A situação política na América Latina, as experiências de governos democráticos, avanços e limites.
O evento acontecerá no dia 22 de janeiro, às 19h, no SINTTEL, situado na Rua Afonso Pena - próximo a Universidade Católica.
A expectativa da  Direção Estadual da AE é de realizar um grande debate, contando com a participação da militância petista, que terá a oportunidade de realizar uma grande discussão.

Turbulências à vista

Por Wladimir Pomar
As perspectivas para 2013, qualquer que seja o ângulo de que se olhe, não são as mais desejáveis. Em âmbito internacional, nada indica que amainará a crise que assola os Estados Unidos e os países da Europa, tanto os centrais, como Alemanha, França e Inglaterra, quanto os periféricos, como Grécia, Espanha, Portugal, Itália e demais. Talvez ainda custe muito antes que os países capitalistas desenvolvidos parem de tentar descarregar os custos da crise sobre os salários e o bem-estar de suas populações, e sobre os países do resto do mundo. Mesmo porque a globalização capitalista, ao invés de resolver os problemas decorrentes da enorme concentração e centralização do capital, da imensa elevação da produtividade, e da decorrente tendência de queda da taxa de lucratividade do capital, só fez agravá-los, ao desindustrializar países centrais, industrializar países periféricos e acirrar a concorrência entre eles.