EDUARDO CAMPOS: ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA, UM ABISMO!

Por Divonaldo Barbosa

O governador de Pernambuco tem investido em um discurso de inovação na gestão pública, e tem protagonizado as inserções do seu partido, PSB, na televisão. Campos, que tem se colocado dubiamente como aliado e candidato a sucessão da Presidenta Dilma, tem criado um abismo cada vez maior entre o que diz e o que faz.  O governador faz duas abordagens em seus discursos que são profundamente contraditórias quando analisadas a partir do seu governo.

Primeiro ele fala da educação, e tenta vender uma ideia de que temos em Pernambuco as melhores escolas do país, aliás, denomina de escola de referência, só não explica que as referências não são nada boas. Eduardo acabou com a democracia interna das escolas, que já não elegem mais os seus gestores, bem como não permitem, na maioria dos casos, a livre organização estudantil. 

O mesmo Eduardo do discurso fácil e da retórica empolgante liderou o movimento dos governadores que não queriam pagar o piso salarial aos professores, e Pernambuco carrega a triste marca de pagar ainda um dos piores salários à categoria da educação. O que o Candidato opositor faz, é camuflar os péssimos salários com gratificações e bonificações que causam uma grande ilusão, pois não são incorporadas à carreira.

O outro tema que o governador pernambucano tem exposto é a desoneração dos impostos referentes às passagens de ônibus. Mas, o que ele também não diz é que o seu governo tem sido aliado incondicional dos empresários do setor de transportes, que monopolizam as concessões públicas para a exploração dos serviços. O que ele quer, é gerar uma confusão na cabeça das pessoas, passando a imagem de um gestor moderno e comprometido com o povo.

Essa imagem cai por terra quando os fatos são apurados. O governador é o responsável direto pela gestão do transporte coletivo da região metropolitana do Recife, através do Consórcio Grande Recife, e sistematicamente tem aumentado a passagem sem prévio aviso, atendendo exclusivamente aos empresários, oferecendo um dos piores serviços associado as mais altas tarifas. Se não bastasse, o transporte interurbano é concentrado nas mãos de dois grupos, sendo um deles, o do vice-governador do estado.

Eduardo já privatizou a saúde, sucateou a UPE (Universidade de Pernambuco) que funciona precariamente, desmontou a gestão participativa na educação, terceirizou a maior parte do serviço público, maltrata o servidor e, faz gestão voltada apenas para o setor empresarial. Campos, que até pouco tempo estava com a sua carreira ameaçada por conta do escândalo dos precatórios durante o governo do seu avô, Miguel Arraes, agora faz pose como a grande renovação da política brasileira, porém, as suas práticas são tão velhas quanto o tempo dos coronéis, e quem ousar atravessar no seu caminho, inevitavelmente provará do seu cinturão.

O ex-presidente Lula que se cuide, pois Eduardo já mostrou que pra garantir os seus objetivos não poupa ninguém, nem mesmo aquele que lhe tem como filho.

*Divonaldo Barbosa é estudante da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

8 de março: dia de luta e resistência


Por Raquel Esteves*


Temos mais um 8 de março. Nossa luta por direitos é cotidiana, mas este dia, é um marco de resistência das mulheres. A data está para as feministas como o 1º de Maio está para a classe trabalhadora. Ainda é comum a prática em muitos lugares no 8 de Março de distribuição de flores e discursos que reforçam a imagem da mulher como mãe, esposa, frágil, entre outros adjetivos. Na contramão deste pensamento, os Movimentos de Mulheres realizam atos e vão às ruas dizer que querem mais que flores: querem respeito, igualdade, garantia de direitos, autonomia sobre seus corpos e vidas e um estado laico que não permita que as mulheres sejam reféns do fundamentalismo religioso.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma em seu texto a igualdade de direitos entre homens e mulheres, porém, desde sua criação, passaram-se anos sem se avaliar as violações aos Direitos Humanos das Mulheres.

Em 2012 pela primeira vez o Banco Mundial teve como foco em seu relatório anual, a igualdade de gênero e desenvolvimento. Nele, constou, o que nós mulheres já sabemos e sentimos: a desigualdade de gênero ainda é estruturante nas relações entre homens e mulheres nas sociedades.

Nota do PT


O Partido dos Trabalhadores lamenta profundamente o falecimento de Hugo Chávez, presidente da República Bolivariana da Venezuela, destacado protagonista da integração de Nossa América e uma liderança mundial das forças populares.

Em 2012, Lula disse a Chavez: "tua luta é nossa luta, tua vitória será nossa vitória".

Hoje, neste momento de tristeza e dor, abraçamos os familiares, amigos, colegas de farda e camaradas de crença de Chavez, e dizemos: contem conosco, contem com o Partido dos Trabalhadores, para dar prosseguimento às grandes conquistas políticas e sociais iniciadas pelo governo de Hugo Chávez.

Saudações petistas a este herói da América Latina e Caribenha


Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores
Iriny Lopes, secretária de relações internacionais do PT
Marco Aurélio Garcia, do diretório nacional do PT
Valter Pomar, do diretório nacional do PT

Regulação da mídia é urgente e inadiável

A Articulação de Esquerda, através dos seus membros do Diretório Nacional do PT,  apresenta uma contribuição ao debate sobre a regulação da mídia.  A AE espera que seja aprovada a proposta de resolução que aponta para uma imediata ação acerca da necessidade de reforma do marco regulatório das comunicações.

Leia na íntegra a proposta de resolução apresentada ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, que estará reunido nestes dias 1 e 2 de março, em Fortaleza.


PROJETO DE RESOLUÇÃO:

Regulação da mídia é urgente e inadiável

O Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza nos dias 1 e 2/3/2013, levando em consideração:

1. A decisão do governo federal de adiar indefinidamente a implantação de um novo marco regulatório das comunicações, anunciada em 20 de fevereiro pelo Ministério das Comunicações ;

2. A isenção fiscal, no montante de R$ 60 bilhões, concedida às empresas de telecomunicações, no contexto do novo Plano Nacional de Banda Larga;

3. A necessidade de que as deliberações democraticamente aprovadas pela Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), convocada e organizada pelo governo federal e realizada em Brasília em 2009 — em especial aquelas que determinam a imediata reforma do marco regulatório das comunicações, maior controle sobre as concessões de rádio e TV,adequação da produção e difusão de conteúdos às normas da Constituição Federal, e anistia às rádios comunitárias — sejam urgentemente postas em prática pela União;

4. O fato notório de que a Argentina aprovou sua Ley de Medios e em países como Equador e Venezuela registram-se grandes avanços na regulação e democratização das mídias; 

5. Por fim, mas não menos importante, que o oligopólio que controla o sistema de mídia no Brasil é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso país e à emancipação da classe trabalhadora, RESOLVE: 

I. Exortar o governo Dilma a rever, imediatamente, a atitude do Ministério das Comunicações, dando início à reforma do marco regulatório das comunicações, nos moldes determinados pela Confecom; bem como a abrir diálogo com os movimentos sociais e grupos da sociedade civil que lutam para democratizar as mídias no país;

II. No mesmo sentido, exortar o governo a cortar ou reduzir substancialmente o pacote de isenções concedido às empresas de telecomunicações, lembrando que esses recursos farão falta em áreas mais sensíveis, como saúde e educação; a reiniciar o processo de recuperação da Telebrás; e a manter a neutralidade da Internet (igualdade de acesso, ameaçada por grandes interesses comerciais); 


III. Apoiar a iniciativa de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular para um novo marco regulatório das comunicações, proposto pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), conclamando a militância do Partido dos Trabalhadores a se juntar decididamente a essa campanha; 

IV. Convocar a Conferência Nacional Extraordinária de Comunicação do PT, a ser realizada ainda em 2013, com o tema “Regular a Mídia para Democratizar o Brasil”.