Nota da Articulação de Esquerda – Por mais mudanças e mais futuro nosegundo mandato Dilma


Por mais mudanças e mais futuro no segundo mandato Dilma

Nos dias 28 e 29 de novembro, o Diretório Nacional do PT realizará sua primeira reunião após a reeleição da companheira Dilma Rousseff.
A tendência petista Articulação de Esquerda defenderá as posições contidas na resolução da Comissão Executiva Nacional do PT do último dia 3 de novembro por considerá-la em sintonia com os desafios do momento político e as tarefas inadiáveis de organização e mobilização do Partido dos Trabalhadores.
A resolução da CEN comemora a grande vitória que representou a reeleição de Dilma para presidir o Brasil registrando a dura disputa que se travou contra o conservadorismo, o oligopólio da mídia, o grande capital e seus aliados internacionais e as intenções golpistas que ainda grassam em setores da oposição, a despeito da vontade popular.
Além disso, aponta como tarefa prioritária do PT a construção de uma nova estratégia e padrão de funcionamento partidário. Fazem parte dessa agenda, a disputa de hegemonia na sociedade e a realização de profundas reformas estruturais, a exemplo da reforma política, tributária, urbana, agrária e a democratização da mídia.
No discurso da vitória do dia 26 de outubro, a presidenta Dilma reafirmou seus compromissos com o diálogo com a sociedade e a realização de mudanças e reformas mais profundas.  Nesse sentido, as prioridades do mandato e a composição do novo governo devem estar alinhados com o programa e a mobilização da sociedade que venceu as eleições de outubro.
A ênfase na defesa da reforma política, da participação popular e do combate sem tréguas à corrupção pela presidenta Dilma nos últimos dias tem sido coerente com este programa vitorioso. A indicação ministerial de Joaquim Levy e a possível indicação de Katia Abreu, por sua vez, indicam concessões desnecessárias e equivocadas ao campo conservador que foi derrotado nas últimas eleições e são uma sinalização contraditória em relação a um ministério comprometido com o fortalecimento do Estado para um desenvolvimento ambiental e socialmente orientado, com a realização de reformas estruturais, o aprofundamento da democracia e a ampliação da soberania nacional, da integração regional e das políticas públicas voltadas ao bem estar social.

27 de novembro de 2014
Direção nacional da Articulação de Esquerda, tendência petista

CARTA SOBRE O PT, O GOVERNO E ASSUNTOS CONEXOS

No dia 19 de novembro de 2014, um companheiro escreveu uma mensagem pedindo minha opinião sobre o PT. Mais precisamente, ele expunha suas dúvidas sobre filiar-se ou não ao Partido dos Trabalhadores. No mesmo dia, respondi.
Algumas pessoas que leram a troca de mensagens consideraram que seria útil divulgar mais amplamente minha resposta. Aceitei a sugestão, especialmente tendo em vista a polêmica em torno do ministério do segundo mandato de Dilma.
O que segue abaixo, portando, é minha resposta inicial, retirando os trechos que identificam o interlocutor e desenvolvendo melhor diversos aspectos.
"Prezado
Você escreveu, meio à sério, meio brincando, que às vezes acorda petista, mas às vezes fica encantado com o discurso de alguns partidos da ultra-esquerda.
Entendo o que você quis dizer, mas te proponho a seguinte questão: qual teoria, qual programa, qual estratégia é defendida pelos partidos da chamada ultra-esquerda?
São muito diferentes, certo? A tal ponto que tiveram posições muito diferentes no segundo turno de 2014, têm posições muito diferentes sobre a estratégia, bem como sobre o socialismo etc. Alguns, inclusive, de "ultra-esquerda" tem muito pouco.
Minha pergunta é: levando em conta estas diferenças, o que exatamente te "encanta" no conjunto destes partidos?
Não deve ser a tática, a teoria, o programa e a estratégia, até porque por estes motivos seria praticamente impossível encantar-se com todos ou com vários deles ao mesmo tempo.
Arrisco então uma hipótese: o que te "encanta" em alguns partidos da "ultra" é que parece ser mais fácil, mais simples, menos contraditório, às vezes menos complicado e constrangedor estar num destes partidos, do que militar no PT.
Se estiver certo e for este o motivo do "encantamento", então proponho que antes de decidir em qual partido você vai militar, você escolha se vai "casar ou comprar uma bicicleta".
Dizendo de outro jeito: escolha entre "lutar por" ou "falar do" comunismo, do socialismo, da revolução, das reformas estruturais etc.

Em nota, PT de Serra Talhada rebate críticas de Sebastião Oliveira

Foi com estranheza que o Partido dos Trabalhadores viu na imprensa local as declarações do deputado Sebastião Oliveira (PR), afirmando não haver nenhuma obra com a marca dos governos do PT em Serra Talhada.

Reconhecemos o legítimo direito do deputado do PR alinhar-se à oposição aos governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores, no entanto, é preciso ter humildade e reconhecer o que foi realizado, sobretudo, por se tratar de fatos concretos.

E não são poucos os investimentos na Capital do Xaxado: O Minha Casa Minha Vida é uma realidade, onde serão ao todo, 3.600 casas, sendo mais de 900 já entregues e 1.500 construídas, ação direta do Governo Federal em parceria com os municípios; A 1ª etapa da adutora do Pajeú foi inaugurada em 2013, pela Presidenta Dilma Rousseff, e beneficiou profundamente Serra Talhada; A Universidade Federal Rural de Pernambuco está consolidada, e somada ao Instituto Federal (IF Sertão) que está com as obras em andamento, transformará a nossa cidade em um grande e atrativo polo regional de educação superior.
Mas não é só isso. Outras ações estruturadoras foram realizadas em Serra Talhada através da parceria dos Governos Federal e Municipal.

Na educação temos o Pronatec, que já formou mais de 6 mil jovens; a construção de creches modelo e novas escolas;  uma frota considerável de ônibus do programa caminho da escola, totalizando 14 veículos; além de outros investimentos importantes para o fortalecimento da educação municipal, uma bandeira do Partido dos Trabalhadores.

Na saúde pública teremos uma nova realidade em Serra Talhada. Serão 16 novas Unidades Básicas da Saúde (UBS), e outras 10 reformadas; O Samu dará mais celeridade no atendimento de emergências; a construção de uma UPA 24h, que desafogará o atendimento de média complexidade do HOSPAM, cujos recursos já estão assegurados; e a participação do município no programa Mais Médicos, que representa, efetivamente, a maior obra na área da saúde, que é cuidar das pessoas.

A zona rural também foi imensamente contemplada. Com o kit de máquinas do Governo Federal, houve uma melhora no atendimento das demandas; qualificação e recuperação das estradas; instalação de novas cisternas e vários poços artesianos perfurados; programas voltados para a agricultura familiar, elogiado nacionalmente; eletrificação rural; acompanhamento sistemático para a convivência com a seca; e garantia do acesso à educação e a saúde, além de todas as outras ações já mencionadas que são de caráter universal.

No que tange o fortalecimento do desenvolvimento econômico, várias parcerias foram firmadas e em breve veremos brotar novos empreendimentos que ampliarão a nossa importância regional, integrando o grande polo educacional que está se consolidando, com investimentos que trarão dividendos expressivos para a nossa cidade. Teremos a instalação, já em andamento, de instituições importantes do sistema S, como o SEST/SENAT, SESC LER e SENAC, que proporcionarão, junto com a chagada de novas indústrias, um marco na economia regional, gerando emprego e renda para toda a região.

Para o Partido dos Trabalhadores, as grandes obras não são representadas apenas por concreto, mas, sobretudo, pelo atendimento as demandas da população, e nesse caso, a parceria entre o Prefeito Luciano Duque e a Presidenta Dilma Rousseff, tem trazido significativos avanços para Serra Talhada, com mais recursos para a cultura, para o fortalecimento das políticas voltadas para a mulher, na assistência social, sobretudo, aos cidadãos mais vulneráveis socialmente, na implementação de aparelhos voltados para o bem estar e para o lazer, como as quadras poliesportivas cobertas e as praças e academias da saúde, que tem um papel fundamental para que se fomente a qualidade de vida da população, e tantas outras ações realizadas diariamente através  de programas e parcerias firmadas entre os governos.


O PT tem um profundo respeito pela atividade parlamentar, e defende um poder legislativo autônomo e representativo, que lute junto à população para que as leis sejam aprovadas em beneficio do povo. Contudo, não podemos concordar quando parlamentares se apresentam como sendo os realizadores das ações governamentais, sejam elas quais for e onde for, pois sabemos que diante da constituição do país, essa prerrogativa é de competência do poder executivo, cabendo ao legislativo fiscalizar e cobrar pelo zelo dos recursos e das instituições públicas. 

Resolução política da Executiva Nacional do PT

A reeleição da companheira Dilma Rousseff para presidir o Brasil até 31 de dezembro de 2018 é uma grande vitória do povo brasileiro. Uma vitória comemorada por todos os setores democráticos, progressistas e de esquerda no mundo e, particularmente, na América Latina e no Caribe.
Uma vitória sobretudo do PT e do nosso projeto, que conquista um quarto mandato, algo que nenhuma outra força política havia alcançado até agora no País.

Comemoração e luta! – Balanço do processo eleitoral e os desafios do segundo mandato de Dilma Rousseff

A direção nacional da Articulação de Esquerda, reunida dia 27 de outubro, realizou um balanço do segundo turno das eleições de 2014 e opinou sobre quais devem ser as ações imediatas do campo democrático-popular e do governo Dilma Rousseff no sentido de consolidar a vitória e garantir um segundo mandato superior. O texto abaixo contém um resumo do que foi debatido e constitui um roteiro para discussão no Partido dos Trabalhadores e também junto ao conjunto da esquerda política e social que apoiou a reeleição da presidenta no segundo turno.

[Dilma 13] Agenda da Brigada A Esperança é Vermelha

20/10/14 - 17h Panfletagem Av Guararapes, Recife
21/10/14 - 09h Panfletagem na esquina da Av Conde da Boa Vista com a Rua Sete de Setembro, Recife
21/10/14 - 15h Caminhada com Lula e Dilma
22/10/14 - 10h Panfletagem no Camelodrómo, Recife (Concentração Matriz do Carmo);
22/10/14 - 16h Panfletagem em Prazeres, Jaboatão (Concentração na Estação de Metrô);
23/10/14 - 10h Panfletagem na Feira de Cavaleiro, Jaboatão (Concentração na Estação de Metrô);
23/10/14 - 10h Panfletagem na Praça da Convenção em Beberibe, Recife;
23/10/14 - 16h Adesivaço no cruzamento da Av João de Barros com a Av Norte, Recife

Brigada Define Últimos Atos

O processo eleitoral está chegando ao fim, e a conjuntura exige de cada militante e pessoa de boa vontade, dedicação e entrega, na defesa do projeto democrático popular que tem mudando a história de nosso país.

Foi com esse espirito que militantes da Articulação de Esquerda, do PT e mesmo não filiados, se encontraram na noite desta quinta-feira, 16, para definir uma agenda de atividades para essa reta final.

CONVOCATÓRIA


A Direção Estadual da Articulação de Esquerda, convoca toda a militância para uma PLENÁRIA AMPLIADA nesta quinta-feira, 16 de outubro, às 18h30, no Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco - SINTTEL, Localizado na Rua Afonso Pena, nº 333, na Boa Vista.

Na oportunidade, estaremos organizando a BRIGADA A ESPERANÇA É VERMELHA, para nessa reta final dar maior ênfase à nossa contribuição na campanha da companheira Dilma Rousseff na região metropolitana do Recife.

Na certeza de mais uma vez contarmos com todos/as,

Direção Estadual da AE PE

2º Turno: A Luta Continua

Como prevíamos há meses, o processo eleitoral deste ano tem se mostrado um dos mais difíceis de nossa história. No ultimo domingo, o resultado das urnas nas eleições presidenciais, confirmaram nossa tese de que é no segundo turno que as coisas se resolverão.

DILMA DISPARA NA PONTA! Apontam pesquisas

Na noite desta terça-fera (23) foram divulgados os resultados de duas pesquisas de intenção de votos para presidente da republica. Embora com numeros diferentes, os dois principais institutos de pesquisas do país (Ibope e Vox Populi) evidenciaram a mesma tendencia. O avanço da candidata Dilma Rousseff.

Dilma quer financiar cultura com recursos do pré-sal

A presidenta Dilma Rousseff voltou a externar sua preocupação com a proposta de sua adversária pela autonomia do Banco Central, após receber o apoio de artistas e intelectuais nesta segunda-feira (15), no Rio de Janeiro.

“Eu acho estarrecedor que considerem a independência do Banco Central como objetivo de governo”, constatou.

Dilma explicou que além da política financeira e do câmbio monetário, que indiretamente influem no emprego, o governo perderia o controle sobre o orçamento com um Banco Central autônomo. Para ela, apenas judiciário, executivo e legislativo podem atuar como poderes independentes no Brasil.

Em resposta ao manifesto pela reeleição, Dilma disse que colocar a cultura dentro da estratégia de desenvolvimento significa perceber que as pessoas não querem apenas vantagens materiais, querem sonhos. Ela afirmou que parte dos rendimentos do pré-sal servirá para financiar a cultura brasileira.

“Acredito que o projeto de desenvolvimento do Brasil precisa com muita força de apostar em duas coisas: educação e cultura”.

A presidenta citou projetos na área que avançaram, como o vale-cultura. Para ela os R$ 50 do benefício vão gerar uma demanda de R$ 25 bilhões para o setor, e representam mais livros e filmes para os brasileiros. Dilma ainda defendeu o papel dos bancos públicos nesse financiamento cultural.

Lula reconheceu que o governo federal ainda está devendo para a cultura. No entanto, ele pediu à Dilma que invista em cultura como um todo, para permitir uma sociedade mais politizada.

“Por isso que estamos aqui pra apoiar a Dilma, pra fazer o que ainda não foi possível fazer. Incluímos o pobre no orçamento da União. Queremos tirar ele da condição de pobreza”, comentou.

Rede Cultura  -  Cada artista deu sua contribuição criativa para apoiar a candidata a reeleição do PT. Beth Carvalho cantou “Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu”. Chico César convocou o maracatu no palco.

“Nós últimos 12 anos, tivemos uma inclusão social e econômica através da cultura”, considerou o cantor.

Além de artistas, intelectuais também declararam apoio a campanha da presidenta.

“O projeto da Dilma é ainda o mais adequado e o melhor pro povo brasileiro. Devemos, na rua, ir contra o pessimismo”, conclamou o teólogo Leonardo Boff.

Fora do teatro no Leblon, milhares de militantes petistas acompanharam o manifesto cultural através de telões.

Por Rodrigo Vasconcelos (texto) e Sheyla Leal (fotos), enviados especiais da Agência PT de Notícias

Vox Populi mostra liderança de Dilma

A presidente Dilma Rousseff ampliou para nove pontos sua vantagem em relação a Marina Silva, no primeiro turno. É o que mostra pesquisa Vox Populi, divulgada nesta segunda-feira. Ela tem 36%, contra 27% de Marina e 15% de Aécio Neves.

Dilma segue liderando em nova pesquisa Ibope

Da Redação da Agência PT de Notícias

Pesquisa Ibope/CNI, divulgada nesta quinta-feira (19), mostra a presidenta Dilma Rousseff com vantagem absoluta sobre seus principais adversários. A petista obteve 39% das intenções de voto.

O segundo colocado na pesquisa, o tucano Aécio Neves somou 21%. Já o candidato do PSB, Eduardo Campos, registrou 10% da preferência do eleitorado.

O levantamento ouviu 2.002 eleitores entre os dias 13 e 15 deste mês. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Gastos com a Copa não prejudicaram investimentos em saúde e educação

Imagem retirada da Internet
Por Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, sobre possíveis manifestações durante a Copa

Uma das maiores paixões do Brasil é o futebol. Por isso, é natural que a realização da Copa do Mundo em nosso país desperte fortes emoções. E é com muita emoção que o significado desse grande evento tem sido analisado.

Infelizmente, porém, tem faltado informação. É exatamente para levar informações precisas e ouvir um amplo leque de opiniões que tenho ido, como representante do governo brasileiro, a todas as cidades-sede para debater com os representantes dos movimentos sociais a importância e as repercussões da Copa para o Brasil.

A "crítica" que mais ouvi até agora é que os gastos do governo federal com a Copa do Mundo prejudicaram os investimentos do país em saúde e educação. Entretanto, esse é um mito que não tem lógica nem fundamento. Não houve gastos do orçamento da União diretamente com a Copa.

Mudar para vencer, vencer para mudar


Somente levantando com firmeza a bandeira das novas mudanças será possível mobilizar milhões. A continuar o defensivismo do PT, este corre o risco de sucumbir à atual ofensiva da direita na disputa presidencial e nos rumos da sociedade brasileira. Só lhe resta, portanto, mudar, retomando seu caráter mudancista. A única continuidade que deve defender é a das mudanças 


Situação política previsível. A disputa eleitoral começou com a oposição ao PT e ao governo Dilma, a velha e a nova, pretendendo provar, com mistificações e generalidades, que o governo está falido e o Brasil necessita de “mudança”. “Mudança” se tornou o seu bordão. Por outro lado, um número considerável de petistas parece não entender que, para vencer esta disputa eleitoral, o partido está obrigado a brandir ainda com maior força justamente a bandeira das mudanças.

O PT não deve se amarrar às mudanças que realizou nem à continuidade do que vem fazendo. Tem de discutir, convencer, difundir, mobilizar, batalhar pelas novas mudanças que o Brasil necessita para se tornar um país desenvolvido no sentido econômico, social, ambiental, cultural, científico e político. O mudancismo é a principal arma da campanha Dilma. Só apresentando as novas mudanças o partido pode forçar os adversários a desnudar o retrocesso e o conservadorismo que escondem sob o bordão de “mudança”.

DILMA NO PAÍS DAS MENTIRAS

Resolução do Diretório Nacional do PT

Reunido no dia 20 de março de 2014 em Brasília, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, aprovou a seguinte resolução política:

RESOLUÇÃO POLÍTICA DO DIRETÓRIO NACIONAL
O povo brasileiro chega ao final do primeiro trimestre de 2014 com a certeza de poder comemorar, ao mesmo tempo, a consolidação e o aprimoramento da nossa democracia, que venceu o obscurantismo dos tempos de ditadura; e o avanço na superação das desigualdades sociais, nunca experimentado com tamanha amplitude quanto agora.
O Partido dos Trabalhadores tem por objetivo vencer as eleições presidenciais de 2014, reelegendo a Presidenta Dilma Rousseff para um segundo mandato por dois motivos fundamentais: porque fazemos um balanço globalmente positivo de seu mandato e para dar continuidade às transformações no Brasil, iniciadas pelo Presidente Lula em 2003.

Conferência Estadual da AE Pernambuco

No último sábado, 15/03, a Articulação de Esquerda de Pernambuco realizou a sua conferência estadual para debater a tática eleitoral que defenderá para as eleições deste ano.

Um ponto central do debate girou em torno da reeleição da presidenta Dilma, que é tarefa central para o Partido dos Trabalhadores. 

Também foi debatido o cenário Estadual, onde foi ressaltado a importância de que tivesse sido construída uma candidatura própria do PT, sendo esta encabeçada por João Paulo. No entanto, dada as dificuldades e considerando as adversidades para se consolidar esse cenário, a AE definiu por corroborar com a defesa de uma aliança com o PTB, tendo em vista vários aspectos políticos e conjunturais, sobretudo, no que diz respeito a construção de um palanque forte para a canditarura petista da companheira Dilma Rousseff, que será reeleita Presidenta do Brasil. 

No que se refere as candidaturas proporcionais, a Direção Estadual está autorizada a encaminhar o debate, tanto na homologação de militantes da AE que queiram concorrer a Assembleia Legislativa, quanto sobre o cenario para a Câmara Federal, cujo a prioridade, caso seja candidato, é reeleger João Paulo. 

Ficou em aberto o debate sobre a candidatura para Deputado Federal por conta da possibilidade de João Paulo compor a chapa majoritária, seja com candidatura própria sendo candidato a Governador, seja como candidato ao senado na chapa do PTB. Neste cenário, abriu-se a discussão de lançarmos uma candidatura da AE, tendo sido apresentado de forma unânime o nome do companheiro Mucio Magalhães, como possível candidato da AE. 

Após o encontro do PT, que acontecerá nos dias 22 e 23 de março, a Direção Estadual deverá realizar uma reunião ampliada para dar prosseguimento as discussões e encaminhar as questões deliberadas pela conferência. 

AE de Petrolina realizará a I Jornada de Formação Política do Sertão, com a presença de Valter Pomar

A Articulação de Esquerda (tendência interna do Partido dos Trabalhadores), vem convidá-los(as) para a nossa I Jornada de Formação Política do Sertão - PE, dias 04, 05 e 06 de Abril. Na ocasião teremos o curso “As lutas pela construção do socialismo no mundo”, com o companheiro Valter Pomar – dirigente da AE Nacional e do Foro de São Paulo.


Houveram algumas mudanças na programação, em breve será divulgada uma atualizada!


CONTATO:
87-8806-0403 – Gilmar Santos



Presidenta Faz Pronunciamento em Dia Internacional da Mulher

A presidenta Dilma Rousseff afirmou neste sábado (8) que as mulheres são a nova força que move o Brasil e o mundo. Para a presidenta, o Brasil está contribuindo, de forma decisiva, para que essa força se amplie e se torne cada vez mais presente, com mais mulheres saindo da pobreza e conquistando o emprego com carteira assinada.

“Nos últimos onze anos, das 36 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza, mais da metade são mulheres. Igualmente são mulheres, mais da metade das 42 milhões de pessoas que alcançaram a classe média. O Brasil criou, nos últimos três anos, 4,5 milhões de empregos. Mais da metade desses empregos, com carteira assinada, foram conquistados pelas mulheres. Por este e outros motivos, podemos dizer que a mulher é a nova força que move o Brasil”.
Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV pelo Dia Internacional da Mulher, a presidenta disse que das 20 maiores economias mundiais o Brasil é, proporcionalmente, a que tem mais mulheres empreendedoras. Segundo ela, isso ocorre porque a mulher brasileira tem a sensibilidade de perceber que, abrindo um negócio próprio, ela pode administrar melhor sua vida e a de sua família. Para apoiar o empreendedorismo, a presidenta lembrou que foram criadas novas linhas de crédito para as mulheres.

“Vejam o caso do programa Crescer, que é destinado a financiar pequenos empreendedores e oferece dinheiro barato e sem burocracia para a pessoa montar ou ampliar seu próprio negócio (…) de 2011 para cá, mais de 60% de todas as operações foram feitas por mulheres. Esta é uma prova contundente de como a mulher brasileira é guerreira e empreendedora, como sabe buscar o que quer”.

A presidenta disse ainda que um novo mundo de oportunidades se abre quando a força da mulher encontra apoio nas políticas do governo. Ela citou como exemplos o Pronatec, em que seis de cada dez alunos são mulheres, e o ProUni, com mais da metade das bolsas concedidas a mulheres.

“Este é o século das oportunidades. Este é o século do Brasil. E este é, sem dúvida, o século das mulheres! A mulher é a nova força que move o Brasil. Com esta força e esta energia vamos construir um futuro cada vez melhor para as nossas famílias. Viva o Dia Internacional da Mulher!”

Assista o Pronunciamento:


Qual a idade do PT?

Por Múcio Magalhães

Cheguei há pouco tempo do ato comemorativo do PT/PE. Um evento tranquilo, auditório lotado, uma justa homenagem ao companheiro Bruno Maranhão. Em meio ao bom astral uma particularidade me chamou a atenção: A idade da grande maioria das pessoas presentes.

Aos trinta e quatro anos o nosso partido precisa discutir a sério a questão da renovação geracional, não se restringindo a cotas obrigatórias e ampliando o debate para se perguntar sobre qual é mesmo a principal porta de entrada na militância e o que é capaz de atrair jovens para a luta organizada.

A minha geração, que iniciou a militância nos anos oitenta, veio em grande medida do movimento estudantil, e também de outros movimentos populares, mas se engajou a partir das lutas estudantis e operárias que sacudiam o país e pela novidade de construir um partido de esquerda sem fórmulas e modelos pré definidos. E hoje? O que chama a atenção e atrai? O debate de políticas públicas para a juventude? A luta pela conquista destas políticas? Mas mobilizar ou pressionar que governo, o nosso? Certamente poderia aqui listar muitas outras perguntas e não oferecer nenhuma resposta conclusiva. 

O que reforça a certeza de que este é um debate muito importante para um partido como o PT. Formar novas lideranças de esquerda, convencidas de que é preciso transformar este mundo capitalista e conquistar o socialismo é decisivo para que o PT continue um partido que governa, que atua nas lutas sociais e mantém acesa a chama da rebeldia, do inconformismo com os limites impostos por esta institucionalidade burguesa.

Quem vai provocar este debate? Talvez seja tarefa de muita gente, de qualquer idade, mas que não tenham deixado seus sonhos envelhecerem e teimam em querer sonhar e lutar junto para buscar a realização das suas utopias. Sonhar e lutar junto por um mundo justo e de forma organizada, com teoria e prática, em um partido onde as pessoas possam participar conscientemente e decidir seus destinos, assim como o PT nasceu e nunca deveria deixar de ser.

Um partido que se mantém atuando por muito tempo, mas sempre remoçado pelas novas gerações de homens e mulheres que com sua energia combativa mantenham erguida a bandeira vermelha da revolução.

Ao debate!

Pernambuco esteve presente na 12ª Jornada Nacional de Formação Política da AE





Militantes da AE de Pernambuco foram até o Espírito Santo participar de mais uma jornada de formação da tendência. Sempre presentes, os/as camaradas do nosso estado estiveram durante uma semana com militantes de todo o país realizando estudo e discutindo os temas que foram apresentados para o debate.

Representaram a militância pernambucana: Cinara (Juventude/UEP), Patrick (Juventude/UNE), Neemias (Movimento Popular), Joanita (SINTEPE), Gilmar (Professor/Movimento Popular), Lurdinha (Movimento Popular) e Paulo André (SINTTEL). Além destes, Múcio também esteve presente para participar da reunião da Direção Nacional, realizada durante a jornada.

Para quem não pode estar presente na 12ª jornada, já pode começar a se mobilizar para a 13ª, que acontecerá no Ceará. Certamente, a Direção da AE de Pernambuco vai mobilizar a militância para participar em um bom número e contribuir com o debate.

Até a 13ª Jornada! e vida longa à Articulação de Esquerda!

PT, Movimentos Populares e Políticas Setoriais

Por Bruno Elias*
Para o ano de 2014, a direção do PT tem estruturado seu plano de trabalho tendo como prioridade a reeleição da companheira Dilma e a criação de condições para um segundo mandato superior, que aponte para reformas estruturais no país.
Entre estas condições está exatamente um maior nível de consciência, mobilização e organização da sociedade brasileira, especialmente dos trabalhadores e dos setores médios identificados com o programa democrático-popular.
Nesse sentido, é fundamental a articulação do PT com os movimentos sociais e a militância dos setoriais na formulação programática e na campanha eleitoral. Além disso, o PT deve dispor de um canal de diálogo permanente com as lideranças dos movimentos sociais e a coordenação de campanha.
Corresponsável pela articulação do partido com os movimentos sociais e pela relação com os setoriais a ela vinculados, a Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT considera fundamental a participação ativa da militância petista nas lutas sociais convocadas pelos movimentos e organizações do campo democrático e popular no próximo período.
Entre outras reivindicações, fazem parte dessa agenda o Plebiscito Popular pela Constituinte Exclusiva para a Reforma Política; a coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática; a redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salários; o fim do fator previdenciário; o combate às terceirizações; as reformas agrária e urbana; a luta pela memória e a verdade aos 50 anos do golpe militar; os 10% do PIB para a educação pública; o Marco Civil da Internet; a ampliação do financiamento do SUS (“Saúde+10”); a desmilitarização das polícias; o combate ao racismo e o enfrentamento à violência contra a juventude negra; a autonomia e garantia dos direitos das mulheres; o direito à diversidade e a criminalização da homofobia; uma nova política de drogas e a garantia dos direitos da população indígena.
Trata-se ainda, de ampliar o diálogo partidário sobre a agenda política aberta pelas jornadas de junho e julho de 2013, as mudanças na formação social brasileira, bem como em relação às novas formas de participação e direitos reivindicados nas ruas e nas redes.
O PT deve se dedicar a compreender e politizar o debate sobre a entrada de novos personagens na cena política do país, a organização da nova classe trabalhadora e da juventude e o comportamento dos setores médios e da burguesia brasileira.
Além destas tarefas imediatas, serão diretrizes de atuação da Secretaria de Movimentos Populares do PT no período 2014-2017:
a) reafirmar o caráter estratégico das lutas sociais para o PT;
b) manter relação cotidiana com os movimentos sociais e organizações da classe trabalhadora;
c) enfrentar a criminalização dos movimentos sociais e lutar pela garantia da liberdade de manifestação e expressão;
d) colaborar com o processo de formulação da política partidária para atuação junto aos movimentos sociais e nas políticas setoriais;
e) promover a reflexão teórica sobre os movimentos sociais, as classes e a luta de classes no Brasil.
f) Fortalecer a participação popular e o diálogo com os movimentos sociais nos governos que o PT atua;
g) acompanhar e contribuir na criação, onde não houver, de núcleos, Setoriais e Secretarias Estaduais e Municipais de movimentos populares; reuniões periódicas dos coletivos e das plenárias;
h) desenvolver, em conjunto com a SNFP, a Escola de Formação e a Fundação Perseu Abramo, uma política específica de formação para a militância dos movimentos sociais.
Como ação permanente, também serão realizadas “rodas de conversa”, plenárias e debates regulares com os movimentos sociais e a publicação de cartilhas, livretos e um boletim eletrônico permanente dos temas relacionados à atuação da SNMP.
Em relação aos setoriais, a reforma estatutária realizada no 4º Congresso do PT apontou para sua atuação enquanto instância permanente de formulação e articulação partidária. Entre outras coisas, prevê a realização anual de pelo menos duas reuniões presenciais e uma plenária presencial e a limitação do mandato das Coordenações Setoriais e das Secretarias Setoriais em quatro anos.
Atualmente, são 14 setoriais nacionais constituídos, vinculados à Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT: Comunitário, Economia Solidária, Educação, Esporte & Lazer, Moradia, Pessoas com Deficiência, Saúde, Transportes, Ciência & Tecnologia e Tecnologia da Informação, Direitos Humanos, Indígenas, LGBT, Segurança Alimentar e Segurança Pública. Fortalecer essas instâncias é uma tarefa central das secretarias de movimentos populares do PT em todo o país.
A construção de um partido militante e socialista também decorre da capacidade do PT em expresar os anseios de milhões de trabalhadores e movimentos sociais. A ação da Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT em 2014 e nos próximos anos estará comprometida com estas lutas e com um programa de mudanças para o Brasil.
*Bruno Elias, Secretário Nacional de Movimentos Populares do PT

Acabou o ciclo do PT?

por Emir Sader em 31/01/2014 

A cantilena volta a cada eleição. Em 2006, nem era preciso, porque o ciclo seria cortado logo no início, se as previsões da oposição de que, depois da campanha midiática contra o governo e o PT e o estrangulamento de recursos no Congresso, dessem certo.

Não contavam com a astúcia do governo Lula, que já podia contar com os resultados da prioridade do social, que havia acertado a mão com as políticas sociais e pôde derrotar de novo a oposição. Em 2010 então, os que teorizavam que era o lulismo o que segurava o governo, se entusiasmavam com a possibilidade de voltarem a governar, amparados na “científica” previsão do diretor do Ibope e na galhofa de que a Dilma era um poste.

A eleição da Dilma permitiu demonstrar como o esquema de governo valia mais alem do “lulismo”, mantendo e intensificando o modelo econômico-social. Agora, a falta mal disfarçada de entusiasmo da oposição apela para um suposto "fim de ciclo do PT”, o que alentaria os desalentados candidatos da oposição a buscarem alguma esperança para encarar a mais difícil campanha da oposição.

O coro neoliberal na mídia entoa: terminou o modelo de crescimento econômico induzido pelo consumo, pela distribuição  de renda. Faz terrorismo para que as taxas de juros sigam subindo, apelando para um suposto descontrole inflacionário. Propõe o abandono do modelo econômico e a volta à centralidade do ajuste fiscal, que levou o Brasil à profunda e prolongada recessão que o FHC deixou de herança pro Lula.

Sabemos o que é “fim de ciclo”, com o fim do curto ciclo tucano, apesar das suas ameaças que teriam vindo para destroçar o Brasil por 20 anos. A política econômica de estabilização monetária e de ajuste fiscal se esgotou, FHC conseguiu esconder a crise de janeiro de 1999 e a nova e arrasadora negociação com o FMI – que o fez levar a taxa de juros a 49% (sic) -, para poder se reeleger. Mas em seguida a economia naufragou numa profunda e prolongada recessão, sendo resgatada só pelo governo Lula.

O apoio ao governo do FHC desceu a seu mínimo, não conseguiu eleger seu candidato e, dali pra frente, só enfrentou derrotas eleitorais. Não tem nada a propor, candidatos tucanos renegavam o governo FHC, quem o reivindica ressuscita os que levaram o pais ao pântano, corre o risco de nem sequer chegar em segundo lugar nas eleições deste ano. Isso é esgotamento, fim de ciclo.

A Dilma mantém alto apoio popular, é favorita para reeleger-se este ano, os índices sociais são melhores ainda do que quando a economia crescia mais, o Lula continua a ser o maior líder politico do Brasil, o PT tem projeções para obter o melhor resultado da sua história para governadores e para o Parlamento.

Os problemas que o governo enfrenta só podem ser superados não pelo abandono do modelo que permitiu o país crescer e distribuir renda, simultaneamente, como nunca havia feito na sua história. Mas pelo seu aprofundamento, pela quebra do poder do capital especulativo, por um papel mais ativo ainda do Estado na economia, pela extensão e aprofundamento das políticas sociais. E não pelo seu abandono, para o retorno a pacotes de ajuste prometidos pelos candidatos da oposição, com as duras consequências que conhecemos.

Não há fim de ciclo do PT. Dilma e Lula tem a popularidade que falta a FHC. O país não entrou em recessão, como com os tucanos, com a exclusão social que caracterizou o seu governo. A maioria da população claramente prefere a continuidade do governo do PT às propostas regressivas da oposição. O Brasil se prepara para a segunda década de governos pós neoliberais.

Brasil é referência mundial no combate à miséria


 O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, disse nesta quarta-feira que os avanços brasileiros em políticas sociais e de combate à fome 'não passaram desapercebidos para o resto do mundo'. 

'Esse conjunto de políticas mudou o rosto do Brasil. Hoje, [o país] é referência mundial no combate à fome e à miséria. E o Brasil não tem se negado à responsabilidade de compartilhar seu conhecimento', disse.

Representantes de países que usaram a experiência brasileira comentaram a implementação de suas próprias versões do programa. Entre outras iniciativas, o PAA inspirou o Purchase from Africans for Africa (PAA Africa), que atende a cinco países em caráter experimental: Moçambique, Senegal, Nigéria, Malauí e Etiópia. Além de compras locais para merenda escolar, os agricultores podem vender o excedente ao Programa Mundial de Alimentos (PMA) da FAO.

Alexandrer Wykeham Ellis, embaixador e representante do Ministério do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional, afirma que o país europeu investe no PAA Africa porque o programa funciona. 'Meu país é capaz de aprender e não só ensinar. Posso ver uma coisa muito bem feita no Brasil e aprender como podemos fazer isso nos outros países', disse.

Fonte: Blog do Magno Martins

NOTA DA COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PT

Reunida no dia 27 de janeiro de 2014 em São Paulo, a Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, aprovou a seguinte nota de conjuntura:

O Partido dos Trabalhadores inicia 2014 com um objetivo inarredável: a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, para consolidar e fazer avançar o projeto de transformações econômicas, sociais, políticas e culturais, inaugurado com a vitória do presidente Lula em 2002.


Nossa disposição, desde já manifestada entusiasticamente em cada canto do País pela militância, é a de criar condições, na sociedade, nos governos estaduais e nos parlamentos de modo a que a companheira Dilma possa realizar um segundo governo com novas e maiores conquistas para o povo brasileiro.

Classes e luta de classes: a classe média

Por Wladimir Pomar
Por uma dessas razões que a própria razão desconhece, nos anos mais recentes a discussão sobre aclasse média se tornou o centro do debate sobre as classes sociais e a luta de classes no Brasil. Nessa discussão sobre a categoria classe média é possível encontrar interpretações diferenciadas, embora quase todas elas se refiram ao que Márcio Pochmann chama de classe média não proprietária, que encontraria seu leito natural para avançar e se estruturar em países de base industrial.
Para ele, o aparecimento do termo classe média não proprietária vinculou-se à diferenciação das ocupações intermediárias no interior da estrutura produtiva de base industrial, permitindo ser distinguida do tradicional conceito de classe média proprietária. As políticas voltadas ao pleno emprego da força de trabalho, especialmente a partir do fim da segunda guerra mundial, teriam contribuído decisivamente para uma nova estruturação social, em que a classe média possuiria papel importante.
Pochmann sustenta, ainda, que em relação à dimensão e ao conceito de classe média, a realidade das economias não desenvolvidas aponta para uma diversidade de situações pouco contempladas pelos estudos originados nas nações ricas. Para ele, caberia considerar que a definição de classe média assenta-se na perspectiva de estruturação social proveniente do desenvolvimento do capitalismo industrial. Na medida em que se assiste ao avanço das sociedades pós-industriais, com forte peso relativo da ocupação de serviços, poderia se tornar sem efeito a aplicação simplista do conceito tradicional de classe, sobretudo de classe média ancorada no critério de rendimento.
Em outras palavras, Pochmann acredita que existirão sociedades pós-industriais, com forte peso relativo dos serviços. Não considera que a redução das indústrias nos países capitalistas desenvolvidos é um problema relacionado com a queda da taxa média de lucro, com a acumulação de capitais excedentes pelo capital desenvolvido, e com a existência de muitas regiões do mundo com forças de trabalho baratas, das quais é possível extrair altas taxas de mais-valia absoluta e reverter momentaneamente a queda da lucratividade do capital desenvolvido.
No entanto, em perspectiva, a expansão capitalista não tende à desindustrialização e à substituição da indústria pelos serviços. Tende, ao contrário, ao desenvolvimento industrial, agrícola, comercial e de serviços com base em sistemas automáticos de produção, circulação e distribuição, com pequena participação de trabalho vivo. A civilização pós-industrial, com o predomínio dos serviços, é uma criação dos teóricos do capitalismo desenvolvido para justificar o desemprego estrutural e a exportação de capitais, na forma de plantas industriais e dinheiro fictício. No momento seguinte, terão que justificar a redução das vagas nos serviços e, talvez, criar a civilização cultural, ou a civilização do conhecimento, para se confrontarem com crescentes massas desempregadas.
Somente uma falta de perspectiva histórica da evolução da humanidade pode supor que homens e mulheres possam sobreviver sem produzir os bens necessários à sua reprodução física e mental. Ninguém vive de serviços sem ter por base produtos que permitam à humanidade alimentar-se, vestir-se e morar, para dizer o mínimo. Não é por acaso que os Estados Unidos e em parte a Europa, por exemplo, se vejam na esdrúxula situação de exportar suas plantas industriais para países de todo o mundo e, ao mesmo tempo, tenham que importar os produtos que deixaram de produzir em seu território.
A invenção da classe média não proprietária também tem feito parte do trabalho ideológico e político dos teóricos do capital para mistificar a exploração capitalista. Mises, Hayek, Mills e outros economistas e sociólogos que tremiam à simples menção da mais-valia, ou da taxa de exploração, sempre trabalharam com pertinácia para demonstrar que assalariados qualificados e com médios e altos salários, que em geral passaram a chamar de renda, não faziam parte da classe dos trabalhadores assalariados, do proletariado, mas da classe média.
Após a segunda guerra mundial, no contexto da guerra fria entre capitalismo e socialismo, aquela preocupação se transformou em política de Estado do capital, especialmente do europeu, para transformar parte considerável de sua classe trabalhadora em classe média não proprietária. Em outras palavras, numa classe trabalhadora aburguesada. Mas isso só era possível porque tinha por base a exploração colonial e semicolonial dos países atrasados do ponto de vista capitalista. Era com os lucros suplementares da exploração colonial ou das trocas desiguais que o capital engodava sua classe trabalhadora e a tinha como aliada na luta contra qualquer tipo de socialismo. O fim da União Soviética tornou desnecessário o Estado de bem-estar na Europa. E a crise do capital fez naufragar o financiamento do consumo, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa.
É isso que fica evidente no texto de Elísio Estanque, para quem, em todos os continentes isso a que chamamos de “classe média” se torna um importante “tampão” onde a luta de classes tende a se dissipar. Por isso, para ele, devemos começar por desconstruir a velha noção estereotipada de “classe média” (individualista, consumista, burguesa e politicamente amorfa), porque a mesma se revela manifestamente anacrônica e descolada da realidade atual. Portugal, de uma sociedade predominantemente rural, teria passado, em escassas dezenas de anos, para uma sociedade de serviços, o que, naturalmente, se fez sentir na estrutura de classes, culminando numa generalizada terceirização.
A nova classe média portuguesa teria crescido ao abrigo da expansão do Estado-providência. O crédito fácil compensou artificialmente a quebra real de salários, permitindo às famílias manter estilos de vida e níveis de conforto segundo um horizonte de expectativas positivas para o futuro. Mas, na Europa e em Portugal, a experiência recente de um modelo institucional e de um padrão de bem-estar, dado por seguro, teria deixado um legado que, com a crise, exacerbou o sentimento de “privação relativa” de uma vasta camada de assalariados com direitos adquiridos resultantes de longas batalhas e, até há pouco, considerados irreversíveis. Entretanto, abruptamente subtraídos nos últimos anos, talvez representando o fim de um ciclo.
Essa é a realidade da crise do conceito de classe média nos países capitalistas avançados e, também, em sua periferia “civilizada”. Não por acaso Lúcia Cortes da Costa, pergunta: o que significa pertencer à classe média? Para ela, o nível de renda seria uma variável importante, mas deveria estar articulado ao acesso a bens culturais, segurança nas relações laborais e maior participação na vida coletiva, que permita uma convivência com a redução de riscos e vulnerabilidades.
Historicamente, segundo ela, o Brasil teria passado de uma sociedade estamental de senhores e escravos para uma de patrões e empregados. Sua economia não teria generalizado o assalariamento, fazendo com que os profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos, ligados por razões de interesses e condições de sobrevivência às elites políticas e econômicas, não formassem alianças com as classes populares. Nessas condições, a reduzida classe média teria assumido um perfil conservador.
O medo da proletarização teria sido um amálgama para a vinculação da classe média com os valores difundidos pelas elites econômicas e políticas. Eliana Vicente, por seu turno, considera que a classe média brasileira teria se expandido nos anos do milagre econômico dos anos 1960-70, sem muita competição e com privilégios em relação às classes populares, assegurados pelo Estado. Isto poderia explicar em parte a sua posição tradicionalmente conservadora.
Talvez sem querer, Cortes da Costa tenha colocado comerciantes, portanto, proprietários de um tipo específico de capital, na mesma ordem dos profissionais liberais e funcionários públicos, em geral tidos como não proprietários. E tenha esquecido que setores de comerciantes, funcionários públicos e profissionais liberais tiveram participação ativa na Confederação do Equador, Balaiada, Cabanagem, Revolução Praieira e outros movimentos de forte conteúdo popular, ainda no Império.
Além disso, já durante a primeira onda de desenvolvimento capitalista, nos anos 1910, e de sua crise, nos anos 1920, o chamado movimento tenentista e a coluna Prestes representaram principalmente os anseios econômicos, sociais e políticos dessa chamada classe média contra as elites políticas e econômicas. E Vicente parece esquecer que os movimentos armados dos anos do milagre econômico ditatorial foram constituídos, fundamentalmente, por elementos provenientes do que ela e Cortes da Costa classificam como classe média.
Na verdade, historicamente, a chamada classe média, não-proprietária e também proprietária, sempre demonstrou ser uma contradição viva. Dividiu-se profunda e constantemente entre o conservadorismo e a rebeldia, entre repelir alianças com as classes populares e tentar resgatá-las através de ações salvacionistas, a exemplo da coluna Prestes, nos anos 1920, e das guerrilhas urbanas e rurais dos anos 1960-70. Isto tudo, com uma impressionante mobilidade política da extrema-esquerda para a extrema-direita, e vice-versa.
Esse problema continua presente, embora numa situação histórica de predomínio da formação social capitalista, que tem a propriedade privada dos meios de produção como fator básico da divisão social, e o assalariamento como instrumento de realização das relações de produção.