No dia 10 de novembro, a
militância do PT elegerá suas novas direções. Mais do que uma
eleição interna, o PED deve ser encarado como uma oportunidade
para o PT retomar sua estratégia democrática, popular e socialista
para o Brasil. E é por isso que lançamos a chapa A esperança é
vermelha e a candidatura de Valter Pomar à presidência nacional do
PT.
O PT precisa de
uma mudança de verdade.
Precisamos de autonomia
financeira, para não depender de recursos do fundo partidário e
doações do empresariado.
Precisamos de uma
estrutura de comunicação de massas, com web, TV, rádio e
imprensa, inclusive um jornal diário. Precisamos investir na
formação política de toda a nossa militância.
Precisamos reforçar
nossos vínculos com a juventude, com a classe trabalhadora, com os
movimentos sociais, com as mulheres, os negros, os indígenas, o
movimento ambientalista e LGBT.
Precisamos de direções
partidárias capazes de defender as posições do PT, nas ruas e nas
urnas, nos parlamentos e nos governos. E entendam que o PT está
acima de qualquer liderança, nem mesmo o Lula e a Dilma, podem se
sobrepor às decisões democraticamente adotadas pela base do
Partido.
Precisamos de direções
que lembrem sempre que partido é partido, governo é governo.
O PT precisa de uma
nova estratégia, capaz de responder aos desafios de um Brasil que
clama por reformas estruturais, de uma América Latina que precisa
de integração regional, de um mundo em crise cuja saída está no
socialismo.
Uma estratégia que
dê ênfase à governabilidade social, que compreenda que vivemos
num momento de fortes conflitos com o grande capital e com as
direitas brasileiras, e que para isso precisamos de força e de
aliados de verdade, não de aliados que se comportam e votam como
inimigos.
Uma nova estratégia,
não para que o PT seja o partido do grande passado pela frente, não
apenas o partido dos êxitos do presente, mas o Partido do futuro,
sintonizado com as aspirações e com as necessidades de um Brasil
que algum dia será socialista.
COMPROMISSO COM OS/AS
PETISTAS E PERNAMBUCANOS (AS)
No PT em Pernambuco se
expressam as contradições da conjuntura política local e nacional
provocadas pelos movimentos do governador nos últimos anos.
Os pesados
investimentos federais no estado recolocaram Pernambuco entre os mais
desenvolvidos da região nordeste e do país, melhoraram a vida de
muita gente e este novo patamar econômico político e social
projetou o governador na cena política nacional.
O que poderia ser a
consolidação de uma aliança com o PT e o fortalecimento de um polo
de centro esquerda no interior da ampla coalizão que sustenta o
governo Dilma, caminhou em sentido contrário a partir da opção de
Eduardo Campos de utilizar a força que acumulou para preparar uma
candidatura de oposição a Dilma e ao PT.
Esta opção foi
sinalizada desde 2012, quando disputou com o PT diversas eleições
municipais e cooptou setores do PT para apoiar seus candidatos,
contra o PT.
Desde então vem se
conformando dois campos divergentes no PT pernambucano, e a
Articulação de Esquerda compõe o campo que assina o manifesto
COMPROMISSO COM OS/AS PETISTAS E PERNAMBUCANOS (AS) e lançou BRUNO
RIBEIRO para presidente estadual do partido.
Defendemos que o PT
assuma um papel protagonista, aglutine partidos, movimentos sociais e
entidades da sociedade, para organizar um fórum de debates sobre os
rumos do estado e a construção de uma alternativa de governo e a
constituição de um forte bloco de apoio à reeleição de Dilma.
Por um partido que se
construa valorizando sua militância, que tenha instâncias
funcionando do sertão ao cais, e assuma seu lado nas lutas da classe
trabalhadora!